Em declarações à TV Cabo Branco, que apresentou uma série de reportagens sobre obras inacabadas na Paraíba, o ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União, informou que a Corte vai lançar em breve um programa que prevê a parceria com todos os Tribunais de Contas dos Estados e dos municípios, para fiscalização de obras e serviços que tenham recursos federais. O ministro falou aos jornalistas Laerte Cerqueira e Denise Delmiro. Vital do Rêgo deixou claro que já há uma “dobradinha” entre o TCU e o TCE da Paraíba, que objetiva não apenas fiscalizar o andamento dos serviços e a aplicação dos recursos, mas apontar soluções.
Ele ressaltou: “Não podemos apenas apontar o problema, fazer o diagnóstico, sem indicar alternativas de solução. O Tribunal de Contas da União modernizou-se em condições de ampliar o seu raio de ação e ganhar em celeridade no monitoramento da execução de obras que são, reconhecidamente, do interesse público”. Antes das declarações de Vital, o conselheiro Nominando Diniz, presidente do Tribunal de Contas da Paraíba, afirmou que o TCU não vem fazendo fiscalizações nos Estados porque não há funcionários suficientes e cobrou daquela Corte autorização para o acompanhamento da aplicação de recursos federais em obras no Estado e, ainda, para apurar os gastos com o combate à Covid-19 na Paraíba.
O ministro Vital do Rêgo negou que haja falhas e afirmou que o Tribunal de Contas da União tem uma tecnologia avançada, “uma das melhores do mundo”, para fazer esse trabalho, independente das condições de estar fisicamente na Paraíba. De acordo com a estimativa do ministro, as obras inacabadas na Paraíba ocasionam um prejuízo de cerca de R$ 700 milhões.
