Nonato Guedes
Sob a presidência do deputado Adriano Galdino (PSB), a Assembleia Legislativa da Paraíba reabre, hoje, de forma híbrida (presencial e por videoconferência) as sessões do período parlamentar de 2022, que coincide com a disputa eleitoral em vários níveis, de presidente da República a governador, senador, deputados federais e estaduais. A pauta dos trabalhos legislativos promete ser bastante movimentada neste retorno, com a discussão acerca do reajuste salarial concedido pelo governo do Estado a categorias do funcionalismo público. A polêmica maior gira em torno de reivindicações de policiais militares, que reclamaram dos percentuais concedidos, apesar de o governo ter acenado com vantagens na chamada Bolsa Desempenho de forma escalonada.
Um outro assunto que deverá causar controvérsia entre os parlamentares diz respeito à votação das contas do ex-governador Ricardo Coutinho (PT), que foram recentemente rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado, após apontar irregularidades detectadas por auditoria. A respeito das demandas dos militares, o governador João Azevêdo, cumprindo o que havia prometido, vetou trechos da Lei de Proteção Social dos Militares, incluindo alterações cobradas por categorias. Um dos vetos é a artigo 49 que tratava da possibilidade de incorporação no Serviço Militar Temporário nas Forças Militares de Segurança do Estado da Paraíba.
O governador João Azevêdo deverá prestigiar os trabalhos, apresentando mensagem que mencionará metas para o exercício administrativo de 2022, o último do seu primeiro mandato. Nos bastidores da Assembleia, será intensa a mobilização diante da proximidade das eleições de outubro, quando deputados estaduais concorrerão a mandatos federais ou a outros mandatos eletivos, mediante as composições que estão ocorrendo entre cúpulas partidárias.
