Nonato Guedes
A Polícia Militar da Paraíba, com o objetivo de orientar o trabalho dos policiais nas eleições municipais deste ano, lançou ontem uma cartilha com os principais procedimentos operacionais que a instituição deverá adotar como parte da estratégia de promover a segurança no pleito. O exemplar contém 18 páginas e traz, também, recomendações sanitárias por causa da pandemia do novo coronavírus. Entre os principais pontos orientados pela cartilha estão a guarda e escolta das urnas, o policiamento nos locais de votação e o atendimento de ocorrências eleitorais.
Em todas as Zonas Eleitorais, a Polícia Militar colocará um militar de ligação, que será profissional responsável por facilitar o cumprimento das demandas da Justiça Eleitoral. O material ficará disponível para download no site da corporação (www.pm.pb.gov.br) e contém recomendações acerca das ações que devem ser tomadas diante das principais condutas proibidas nas eleições deste ano. A cartilha relaciona pelo menos treze crimes eleitorais, deixando claro que o policial deve se manter atento para coibir tais práticas, a exemplo de propaganda irregular, boca de urna e derrame de “santinhos” com propaganda de candidatos na porta dos locais de votação, que acontece geralmente na noite anterior ao pleito.
Conforme foi repassado para os órgãos de comunicação, a quantidade de policiais e viaturas que farão parte do Plano de Segurança para as eleições 2020 está sendo definida, de acordo com um mapeamento que o Estado-Maior Estratégico (EME) da corporação vem realizando. Até o momento está descartado o envio de tropas federais para cidades como Campina Grande, onde as disputas eleitorais costumam ser acirradas. Tanto a Secretaria de Segurança e Defesa Social como o Comando da Polícia Militar trabalham de forma articulada com as autoridades da Justiça Eleitoral para o disciplinamento das ações e dos procedimentos, mas a expectativa no alto “staff” é a de que não haja registro de episódios mais graves que atentem contra a ordem pública. As autoridades prometem ser eficazes, igualmente, no respeito ao cumprimento das medidas de distanciamento social, estabelecidas no cronograma da prevenção ao coronavírus.