O livro Nos Trilhos da Memória – pare, olhe, escute, do jornalista, escritor e policial penal, Josélio Carneiro de Araújo, sua nona obra, aborda a temática ferrovia, o resgate de sua memória ao tempo em que abre o debate para políticos e atores ativistas da sociedade civil objetivando a recuperação e ocupação cultural de antigas estações de trem abandonadas, prédios em ruínas em várias cidades a exemplo de Guarabira, Patos, Sousa, Soledade, Alagoa Grande. Dezenas de fotografias históricas ilustram a obra impressa na Letras e Versos, editora do Rio de Janeiro.
São patrimônios ferroviários símbolos do progresso nos anos 1.800 e até meados da década de 1980, em alguns casos. Há documentos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba – IPHAEP – que recomendam a preservação e revitalização desses espaços que são parte da história de muitas cidades paraibanas. O trem tem sido tema de filmes, músicas e livros, ao longo dos anos, no Brasil e no Mundo.
O lançamento acontecerá na sexta-feira (31) na Associação Paraibana de Imprensa – API – avenida Visconde de Pelotas, 149, centro de João Pessoa. O livro que também destaca a união de segmentos da sociedade e de gestores municipais que resgataram das ruínas as antigas estações ferroviárias de Duas Estradas (capa do livro), e Bananeiras, no brejo, e São João do Rio do Peixe, e Pombal, no sertão paraibano.
Capítulos da obra trazem memórias do autor que nasceu na estação ferroviária de Pau-Ferro (Gurinhém), morou na estação de Sertãozinho e residiu nas imediações da estação de Nova Cruz-RN, onde funciona a Casa da Cultura, onde pretende também lançar o livro. Josélio Carneiro de Araújo é filho, neto e sobrinho de ferroviários nascidos em Natal. O avô foi maquinista e o pai e o tio telegrafistas e chefes de estação ferroviária em algumas cidades.
A obra também traz informações do IPHAN e do DNIT sobre o que resta de infraestrutura ferroviária no país e entrevistas com alguns atores ativistas da causa ferroviária na Paraíba.
O livro será vendido por apenas R$ 30,00, tem capa assinada por Gabriel Queiroz, estudante de Comunicação em Mídias Digitais na UFPB, Projeto Gráfico e Diagramação de Naudimilson Ricarte, foto de capa de Evandro Pereira e foto da contracapa de Roberto Guedes, três profissionais do jornal A União. O prefácio é de Edileusa Gonçalves de Araújo, prima de Josélio Carneiro e filha de um dos ferroviários homenageados.
