Um levantamento feito pelo “Congresso em Foco” aponta que é acirrada a disputa entre apoiadores dos dois principais candidatos à Presidência da República na corrida pelo Senado, mas há uma ligeira vantagem entre candidatos aliados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na comparação com apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). No momento, 13 postulantes ao Senado afinados com o petista lideram as pesquisas, ou estão empatados tecnicamente com o detentor do maior percentual de intenções de voto. A mesma situação ocorre com 11 candidaturas alinhadas ao atual presidente da República.
Na Paraíba, dois candidatos ao Senado estão com Lula – o ex-governador Ricardo Coutinho (PT) e a deputada estadual Pollyanna Dutra, do PSB. O candidato oficial do presidente Jair Bolsonaro é Bruno Roberto, do PL, que compõe a chapa encabeçada por Nilvan Ferreira ao governo. Na pesquisa Ipec/TV Cabo Branco, Ricardo despontou com 30% das intenções de voto, desafiando ações e decisões judiciais que sinalizam sua inelegibilidade no pleito deste ano. Ele se diz confiante num desfecho favorável à defesa que tem feito da legitimidade de sua candidatura. A candidata Pollyanna Dutra pontuou com 8% das preferências e tem o apoio do governador João Azevêdo, tendo sido lançada com demora em meio à desistência do deputado federal Aguinaldo Ribeiro, do PP. O segundo lugar na pesquisa Ipec para Senado foi o candidato Efraim Filho, do União Brasil, com 20%, que ultimamente declarou apoio à candidatura do presidente Jair Bolsonaro, também apoiado pelo pastor Sergio Queiroz, do PRTB, que está entre os últimos cotados para a vaga.
De acordo com o levantamento do “Congresso em Foco”, baseado nas pesquisas do Ipec, bolsonaristas estão em vantagem ao Senado no Distrito Federal e nos Estados do Acre, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima e Sergipe. Seja também na liderança, seja em empate técnico na primeira colocação, os lulistas despontam em Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Em alguns Estados, como Amapá, Goiás, Santa Catarina e Paraná, os líderes não se associam nem a Lula nem a Bolsonaro. O PT e o PL, dos dois principais candidatos à Presidência, têm seis nomes na dianteira das pesquisas para o Senado (ou empatados tecnicamente na primeira colocação. Perdem, apenas, para o PSD, que ficou neutro na disputa presidencial, com sete favoritos.
Estão no palanque de Lula para o Senado os quatro candidatos com maior vantagem sobre seus opositores: Camilo Santana (PT-CE) com 71% das intenções de voto, Renan Filho (MDB-AL), com 56%, Flávio Dino (PCdoB-MA) com 50% e Wellington Dias (PT-PI) com 49%. Apenas uma grande reviravolta poderá tirar o mandato deles. Do lado bolsonarista a situação mais confortável é a dos senadores Wellington Fagundes (PL-MT) e Romário (PL-RJ) e a da ex-ministra Tereza Cristina(PP-MS), que lideram com folga as pesquisas em seus Estados. Importantes nomes do bolsonarismo como os ex-ministros Rogério Marinho (PL-RN), Damares Alves (Republicanos-DF) e o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) não decolaram nas pesquisas para o Senado até o momento. Damares é candidata da primeira-dama, Michelle, e está 15 pontos atrás da ex-ministra Flávia Arruda (PR), candidata do partido do vice-presidente Mourão. O líder é Olívio Dutra, do PT.