A Associação de Mídia Digital e o Sindicato de Jornalistas Profissionais da Paraíba emitiram notas de repúdio pelas declarações contra profissionais de imprensa e veículos de comunicação proferidas pelo deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), pré-candidato ao governo do Estado, durante sabatina com estudantes de escolas da Grande João Pessoa, ontem, em Intermares (Cabedelo). Por meio do presidente em exercício, Fábio Targino, a Amidi cobrou retratação do parlamentar e lamentou o que classificou como equivocadas e genéricas as falas do deputado. O Sindicato de Jornalistas qualificou como infelizes as afirmações e chamou de perigosa a generalização feita pelo deputado tucano.
Na íntegra, a nota da Amidi:
“A Associação de Mídia Digital lamenta e repudia as equivocadas e genéricas falas do deputado federal e pré-candidato ao governo da paraíba, Pedro Cunha Lima (PSDB). Em evento realizado na quinta-feira, 11, ele atacou jornalistas e empresas de comunicação que, na opinião do tucano, seriam custeados pelo dinheiro público para “blindar” um dos seus oponentes na corrida ao Palácio da Redenção.
Integrante do Parlamento Nacional, o deputado foi infeliz em sua declaração, deveria se retratar e reconhecer o insubstituível papel dos profissionais e veículos de comunicação na sustentação da democracia, do Estado Democrático de Direito e do sagrado Direito à Informação. Frustrações pessoais ou opiniões políticas contrariadas não autorizam quem quer que seja a injuriar, difamar ou insuflar a população contra trabalhadores da mídia. Quem não sabe eventualmente conviver com o contraditório deve rever seus posicionamentos, especialmente em um momento em que o papel das instituições e da liberdade deve ser reafirmado e defendido.
Repudiamos a fala do candidato Pedro Cunha Lima e reafirmamos a importância da imprensa. Aos jovens, que escutaram a infeliz declaração do candidato, pedimos que continuem acreditando e confiando nos jornalistas e nos veículos de comunicação, pois eles são fundamentais para combater injustiças, denunciar desmandos e sustentar a nossa democracia”.
