O governador João Azevêdo participou, ontem, em Brasília, ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, da solenidade alusiva ao Dia Mundial do Meio Ambiente, ocasião em que foi assinado o decreto que cria o Parque Nacional da Serra do Teixeira, que abrange os municípios de Água Branca, Cacimba de Areia, Catingueira, Imaculada, Juru, Mãe D’agua, Maturéia, Olho D’agua, Santa Teresinha, Santana dos Garrotes, São José do Bonfim e Teixeira, na Paraíba. A iniciativa tem o objetivo de proteger a fauna e a flora do bioma e proporcionar o desenvolvimento sustentável da região que compreende a unidade de conservação.
O governador destacou a satisfação de firmar mais uma parceria importante com a finalidade de garantir a proteção ambiental de uma área com grandes riquezas naturais. “A Paraíba está sendo contempla com o primeiro parque nacional da história, que precisa ser preservado, e essa iniciativa permitirá que possamos desenvolver ações de proteção naquela área, que que terá uma utilização mais racional, preservando espécies estão em risco de extinção”, disse, ao acrescentar que o Parque será gerenciado pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio).
“Hoje é um dia para comemorar, um dia que entra para a história da Paraíba. No Dia Mundial do Meio Ambiente, a Paraíba ganha o primeiro parque nacional. O Nordeste tem seis parques de conservação e esse chega para contribuir com a proteção de todo um ecossistema. Além disso, teremos mais um espaço para a prática de ecoturismo, trazendo benefícios econômicos e sociais para a região”, avaliou a secretária Estadual do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Rafaela Camaraense.
O Parque Nacional da Serra do Teixeira foi criado com área total aproximada de 61.158 hectares. A ação tem o objetivo de proteger uma importante área representativa do bioma da Caatinga e sítios geográficos,dentre eles o Pico do Jabre, bem como garantir a manutenção dos serviços ecossistêmicos da região e proporcionar o desenvolvimento de atividades de recreação em contato com a natureza e do turismo ecológico e sustentável. A implantação do Parque Nacional da Serra do Teixeira irá proteger cerca de 70 nascentes de água existentes naquela serra, sendo 70% das nascentes da bacia do Rio Piranhas/Açu. Trata-se de importante unidade de conservação que protegerá de forma integral todas as riquezas biológica e cênica encontradas na região, integralmente localizada no bioma Caatinga.
Conforme estudo apresentado em 2009, o Parque Nacional da Serra do Teixeira apresenta pelo menos 265 espécies, das quais 24 são endêmicas (exclusivas dessa área e não são encontradas em outros lugares) à Caatinga e ao menos seis espécies encontram-se ameaçadas de extinção. A unidade possui uma relevante representatividade da biodiversidade. São no total 237 espécies registradas, apenas para os quatro grupos de vertebrados terrestres (anfíbios, répteis, aves e mamíferos). Pelo menos 19 espécies estão entre as listas vermelhas de fauna ameaçada de extinção, e tantas outras correm ricos pelo seu potencial energético, sendo caçadas de forma ilegal. Entre toda a fauna, o registro mais importante é o do jacaré-do-papo-amarelo, podendo ser a única população natural deste réptil no semiárido paraibano.