Nonato Guedes
O deputado estadual Felipe Leitão (PSD), um dos principais articuladores da recondução do deputado Adriano Galdino (Republicanos) à presidência da Assembleia Legislativa da Paraíba no próximo biênio a ser instalado em fevereiro próximo, previu, ontem, que o atual dirigente poderá se manter no posto no segundo biênio, alegando que tem credenciais para tanto e o apoio da maioria dos integrantes do Poder Legislativo. Adriano recebeu, na sede do Republicanos, a visita de pelo menos vinte deputados (o colegiado é composto por 36), que além de manifestarem apoio à sua recondução já agora propuseram que ele liderasse a Casa, também, no segundo biênio.
Nas últimas horas, o deputado estadual Branco Mendes, do Republicanos, divulgou nota abrindo mão da postulação de concorrer à presidência da Casa de Epitácio Pessoa no próximo biênio e garantindo que estão superadas eventuais divergências com o atual comandante do Poder Legislativo. O deputado Eduardo Carneiro, por sua vez, considerou que os entendimentos avançaram bastante, nos bastidores, já dizendo respeito ao preenchimento de cargos na Mesa Diretora da ALPB durante os dois biênios. Ele e Felipe Leitão não descartaram a possibilidade de “unanimidade” no apoio à indicação de Adriano Galdino para os próximos dois períodos legislativos, sinalizando que estão sendo feitas acomodações que poderão resultar num amplo entendimento, acolhendo integrantes da bancada de oposição.
O acordo firmado entre Branco Mendes e Adriano Galdino deu-se após uma polêmica sobre a disputa do primeiro biênio. Num primeiro momento, seguindo o entendimento de que poderia haver impedimento legal para concorrer ao cargo no primeiro mandato subsequente, Adriano Galdino fechou acordo com Branco para que o colega disputasse o primeiro biênio e ele o segundo. Houve um fato novo, porém, com mudanças na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, abrindo a possibilidade do atual presidente disputar a reeleição e o segundo biênio também. Dentro da base governista, a expectativa é que o processo para a eleição da Mesa da Assembleia Legislativa seja concluído em atmosfera de consenso, sem prejuízo para a governabilidade desejada pelo gestor reeleito João Azevêdo (PSB).
