O comunicador Nilvan Ferreira (PL), que ficou em terceiro lugar na disputa pelo governo da Paraíba no primeiro turno, anunciou, hoje, em João Pessoa, na sede da Associação Paraibana de Imprensa, posição de neutralidade no segundo turno a nível local, entre os candidatos Pedro Cunha Lima (PSDB) e João Azevêdo (PSB). Com a decisão, Nilvan frustrou aliados de Pedro, mas ressaltou divergências ideológicas com líderes políticos que passaram a apoiar Cunha Lima, a exemplo do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), ex-candidato a governador que teve o apoio oficial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno.
Quase simultaneamente, em outro ambiente público da Capital paraibana, o pastor Sérgio Queiroz, ex-candidato ao Senado pelo PRTB, declarou seu apoio à candidatura de Pedro Cunha Lima no segundo turno. Ele concorreu ao Senado tendo como candidato a governador o Major Fábio, que obteve 0,11% dos votos, o equivalente a 2.455 sufrágios. Sérgio Queiroz ficou em quarto lugar na corrida pelo Senado, obtendo 11,67%, ou seja, 233.857 votos. Nilvan Ferreira agradeceu aos 406.604 eleitores que confiaram nele, classificando-os como “uma legião de pessoas que acreditou na mudança, no novo jeito de fazer política” e fez críticas a oligarquias políticas.
Candidato oficialmente apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro na Paraíba, Nilvan Ferreira tomou posição em sintonia com a direção estadual do PL, presidida pelo deputado federal reeleito Wellington Roberto, que antecipou “neutralidade” alegando que o candidato Pedro Cunha Lima não assumiu apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Wellington observou que a disputa de segundo turno para a Presidência da República é duríssima e que o PL esperava que Bolsonaro adotasse o alinhamento com Bolsonaro, o que acabou não acontecendo. O presidente Jair Bolsonaro é esperado na Paraíba no próximo sábado para cumprir agenda com apoiadores, como Nilvan Ferreira e Wellington Roberto.
Antes da confirmação, por parte de Nilvan, de sua posição de neutralidade no segundo turno na Paraíba, o empresário Arthur Bolinha, que foi candidato a vice-governador na chapa do radialista, definiu-se por essa atitude. “Não podemos dar reciprocidade a um candidato que não é correto com nosso projeto. Pedro Cunha Lima, infelizmente, parece mais voltado para a esquerda do que o próprio João Azevêdo, e essa postura, para nós, é incompatível”, acrescentou Arthur Bolinha.
