Está confirmado para o dia 28 deste mês de abril, às 17h30, o lançamento do livro “A Revolução do Rádio na Paraíba e anotações Autobiográficas”, de autoria do falecido jornalista Otinaldo Lourenço de Arruda Melllo, que pontificou com brilhantismo na radiofonia, na televisão e no jornalismo paraibano, sendo, ainda, expoente dos quadros docentes da Universidade Federal da Paraíba. O evento será realizado na Academia Paraibana de Letras como parte da programação “Pôr do Sol”, e haverá, na sequência, um coquetel. A organização do livro é da viúva de Otinaldo, Ione Lacet Mello.
“A Revolução do Rádio na Paraíba e anotações Autobiográficas” foi escrito do próprio punho por Otinaldo, concluído nos últimos dias de vida e coordenado por Ione Lacet. A obra, conforme Ione, traz um relato de sua passagem e contribuição à cultura e aos meios de comunicação da Paraíba, especialmente o Rádio.
Otinaldo morreu no dia 13 de fevereiro de 2021, aos 86 anos de idade, vítima de complicações da Covid, no Hospital Memorial São Francisco, em João Pessoa, onde estava internado. O diagnóstico médico apontava que, embora com sequelas, ele estava evoluindo bem na recuperação da covid, tendo sofrido, porém, uma parada cardiorrespiratória, que foi fatal. Irmão do historiador José Octávio de Arruda Mello, Otinaldo foi formador de gerações na imprensa paraibana.
Destacou-se, principalmente, em programas de entrevistas e debates na Rádio Arapuan AM, alcançando grande audiência junto à opinião pública paraibana. Alguns dos seus programas procuravam seguir o formato adotado por emissoras como a BBC de Londres e Otinaldo teve passagens, ainda, inclusive em cargos de chefia e direção, pelas rádios Correio da Paraíba e Tabajara.
Atuou, igualmente, na TV Cabo Branco, afiliada da Globo em João Pessoa, apresentando o “Bom dia, Paraíba”, ao lado do jornalista Nonato Guedes. Ele entrevistou inúmeras personalidades de destaque do país, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Otinaldo foi um verdadeiro Mestre na radiofonia, não só da Paraíba, mas do país, pelo pioneirismo que impregnou ao seu trabalho”, depõe o jornalista Petrônio Souto, que foi seu companheiro de trabalho.