Nonato Guedes
Estima-se que mais de 100 municípios da Paraíba já sinalizaram intenção de aderir ao consórcio público para aquisição de vacinas contra a Covid-19. O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), não escondeu seu orgulho, em mensagem através de redes sociais, ao informar que a cidade Rainha da Borborema foi a primeira a viabilizar sua participação no grupo, no Estado. Já o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP) convocou entrevista coletiva em que detalhou a participação da Capital no esforço para suprir a demanda pelo imunizante, e igualmente apresentou ações desenvolvidas pela prefeitura na rede de saúde municipal.
A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) anunciou na segunda-feira após reunião com a participação de aproximadamente 300 prefeitos a criação do consórcio público para a compra de vacinas contra a Covid-19 na hipótese de o Plano Nacional de Imunização do governo federal ser insuficiente para atender às demandas de todo o país. Os interessados em participar do consórcio, conforme foi informado, devem aderir à iniciativa até sexta-feira, dia 5, pro meio do preenchimento de um formulário específico, disponível no site da entidade, que reúne as 412 cidades com mais de 80 mil habitantes. Entretanto, os municípios que não estejam incluídos nessa relação também poderão aderir ao consórcio.
A Câmara dos Deputados aprovou ontem a compra de vacinas por Estados, municípios e setor privado. O Projeto de Lei 534/2 regulamenta a aquisição de imunizantes contra a covid-19 e é de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), tendo sido aprovado também no Senado, seguindo, agora, para sanção presidencial. O senador Randolfe Rodrigues, ao se pronunciar a respeito, mencionou que, mais uma vez, o Brasil bateu o recorde de mortes em 24 horas por Covid-19, com 1.726 vítimas, e apelou ao presidente Jair Bolsonaro para que sancione o texto o quanto antes. A relatoria foi do deputado Igor Timo, do Podemos-MG, que recomendou a aprovação do texto, sem ressalvas e acolhimento das emendas apresentadas. Ele justificou: “Diante da gravidade da situação de pandemia causada pela disseminação do coronavírus em território nacional, o presente projeto se mostra meritório”, justificou.