O governador João Azevêdo (Cidadania) fez, ontem, a entrega simbólica do Hospital de Clínicas de Campina Grande, que irá atender inicialmente os pacientes diagnosticados com o Covid-19. Os novos 113 leitos entregues fazem parte do Plano de Contingência da Paraíba e irão atender à população de 70 municípios que fazem parte da segunda macrorregião de Saúde do Estado. A vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) acompanhou a visita técnica ao Hospital de Clínicas de Campina, onde os 113 leitos estão distribuídos em três blocos. A unidade hospitalar conta com postos de enfermagem, farmácias, trinta e duas acomodações para descanso de médicos e pessoal de apoio, sala de tecnologia da informação, duas salas de triagem, três salas administrativas e banheiros.
O local ainda disponibiliza aparelhos de raio X e ultrassom e terá a retaguarda do suporte de alta complexidade do Hospital de Trauma de Campina Grande. Após a pandemia, o hospital assumirá o perfil de cuidados clínicos, cirúrgicos e cuidados materno-infantil. Ao destacar a importância do equipamento de saúde para a região de Campina Grande, Azevêdo afirmou: “Esse prédio renasce hoje com um objetivo muito nobre, diante do momento de pandemia que estamos vivendo e pelo futuro uso que terá, sendo muito importante para a região, considerando que essa unidade terá uma outra função posteriormente, seja para cirurgias eletivas e implantação de uma maternidade”. Azevêdo reforçou que a cidade ganha uma estrutura merecida pela população.
O secretário de Saúde do Estado, Geraldo Medeiros, afirmou que as ações antecipadas do governo do Estado para o enfrentamento do coronavírus têm assegurado à população a garantia do atendimento na rede hospitalar da Paraíba. “Nós estamos propiciando a Campina Grande e a todos os 69 municípios que circundam a cidade leitos de enfermaria em quantitativo suficiente para atender os prováveis pacientes suspeitos ou confirmados de Covid-19 e isso faz com que possamos ter nessa região uma tranquilidade maior para atender a toda a população, evitando o colapso da rede, como está ocorrendo em outros estados”. O secretário frisou que o cenário de colapso não existe na Paraíba porque o governo se antecipou e tomou medidas efetivas desde o dia 27 de fevereiro, com treinamento de servidores e habilitação e ampliação de leitos de enfermaria e de UTI. Com isso, a proporção de leitos ocupados em Campina Grande, que chegou a um nível crítico de 95%, hoje é de 67%, explicou.
A diretoria do Hospital de Clínicas, Ingrid Ramalho, evidenciou que a unidade de saúde será um legado para Campina Grande. “Inicialmente, vamos cuidar de pacientes com Covid e, depois, pacientes de maternidade, como de cirurgias eletivas após a pandemia. Temos todo um plano de ação de atendimento aos pacientes a partir da Central de Regulação do Governo do Estado”, acrescentou. A superintendente da Suplan, Simone Guimarães, abordou o compromisso do governo do Estado para entregar a obra com agilidade e qualidade. Disse que o prédio estava abandonado há mais de doze anos e o governo fez toda a recuperação estrutural, que foi totalmente transformada. “Foi um grande desafio, trabalhamos de domingo a domingo para atender a demanda, com o envolvimento de toda uma equipe que fez toda a diferença para que pudéssemos oferecer uma estrutura para que médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas e fisioterapeutas realizem o atendimento para quem precisa nesse momento de pandemia”, concluiu.