O secretário executivo de Gestão da Rede de Unidades de Saúde da Paraíba, Daniel Beltrammi, prevê que o mês de abril será muito difícil para a população em virtude da pandemia do novo coronavírus, explicando que na região Sudeste haverá crescimento significativo até o dia 15 próximo. Hoje, 55% dos casos estão concentrados no Sudeste, mas a segunda região, em incidência de casos, é o Nordeste, com 17% – quase 400 no Ceará, quase 100 no Rio Grande do Norte e duas centenas de casos na Bahia.
– Com esses números, é fácil perceber que há uma crescente incidência de casos e a única forma de detê-los é a redução da nossa própria circulação. Se eu digo que até o final de abril o Sudeste vai enfrentar dificuldades, é evidente que nós também iremos enfrentar e com a possibilidade de, talvez, haver um leve retardo. O crescimento de casos será pior, proporcionalmente, à nossa capacidade de ficar em casa. Por isso, quanto mais formos capazes de ficar em casa, melhor – recomendou Beltrammi. Ele sugeriu, ainda, que quem estiver em isolamento domiciliar e possuir sintoma respiratório deve usar máscara para não contaminar os outros e lavar as mãos continuamente, tendo cuidado com o manuseio de superfícies.
Daniel Beltrammi, em declarações ao “Correio da Paraíba”, destacou que medidas de impacto têm sido adotadas pelo governo João Azevêdo para atender à população paraibana durante o período da calamidade. Salientou que além da cobertura da rede hospitalar em todo o Estado, ofertada em uma lógica de “ondas” de expansão da doença, haverá respiradores pulmonares e leitos de estabilização dos pacientes mais graves em todos os centros de referência do Estado. A Universidade Federal da Paraíba começou a produzir ao longo desta semana máscaras de proteção contra o novo coronavírus para os profissionais de saúde do Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa, e demais unidades de saúde do Estado.
