Com base em relatos de famílias que residem em municípios do entorno do projeto de transposição das águas do rio São Francisco na Paraíba, o deputado federal Gervásio Maia (PSB) ressaltou estar convicto de que o governo do presidente Jair Bolsonaro abandonou as obras que foram iniciadas no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em companhia do ex-governador Ricardo Coutinho e outras lideranças políticas, Gervásio cumpriu o prometido e endossou a ação civil pública ajuizada no âmbito do Ministério Público Federal cobrando a retomada das operações da transposição, mediante o bombeamento que foi suspenso por determinação do Planalto.
Frisa Gervásio: As pessoas que vivem ali próximo ao equipamento da transposição relatam que os funcionários que operavam o sistema já não estão mais lá, ou seja, são relatos de que o governo federal abandonou uma obra que custou muito caro para a União e que concretizou o sonho e deu uma nova realidade ao povo nordestino. O parlamentar socialista prometeu que vai continuar, dentro das suas atribuições, insistindo nessa pauta. Já levei o tema à Câmara dos Deputados, fiz um apelo aos líderes partidários e ao presidente da Casa com vistas a reforçar ainda mais essa luta. Desde já agradeço ao procurador-chefe Marcos Alexandre Bezerra de Queiroga pela atenção e receptividade.
O deputado considera que o Nordeste vive um momento muito triste na atual conjuntura. Foi em 2017 que a transposição das águas do rio São Francisco foi inaugurada. Quando as águas começaram a jorrar no solo seco, esturricado, do cariri paraibano e do interior de Pernambuco, foi imensa a alegria. Mas agora os mananciais estão secando com a paralisação do bombeamento desde o mês de março e a frustração é generalizada, enfatizou. O deputado disse que falta apenas o bom senso, falta apenas a boa vontade, do presidente Jair Bolsonaro. Gervásio salienta que tem recebido inúmeras manifestações de apoio e solidariedade pelas cobranças feitas ao governo federal, mas exige soluções urgentes e pede o fim da retaliação do governo Bolsonaro a governadores que não comungam com sua cartilha política.
Nonato Guedes