Jornalista desde 1974, quando estreou em O Norte, Rubens Nóbrega lança no dia 2 de junho, em João Pessoa, o seu quarto livro. Em ‘Memórias do Batente’, conta histórias dos 50 anos de sua trajetória na imprensa paraibana. Começando por seu primeiro emprego, de “tradutor de telegrama”, ou seja, datilógrafo dos textos – todos em caixa alta – que abasteciam o noticiário nacional e internacional do diário pessoense.
“Traduzir telegrama significava escolher as notícias fornecidas via teletipo, um avô do telex, para datilografar cada uma com maiúsculas, minúsculas, acentos, além de trocar advérbios de tempo para o leitor que iria ler o jornal no dia seguinte, ou seja, onde houvesse ‘hoje’, a gente tinha que botar ‘ontem, ‘amanhã’ por ‘hoje’ e assim por diante”, explica o jornalista e escritor, que fará o lançamento no restaurante Cannelle, na Beira-Rio.
“Será o segundo lançamento de livro que faço nesse restaurante, ambiente super agradável que compartilho quase diariamente com muitos amigos, colegas do jornalismo, radialistas, publicitários, políticos e empresários da comunicação, ou seja, potenciais leitores e personagens do que vivi ou vi nesse cinquentenário”, disse, acrescentando que o seu Café com Autógrafo, título que deu ao evento, será realizado das 7h30 às 10h30 da manhã. O primeiro lançamento de Rubens no Cannele aconteceu em dezembro de 2018, ano em que publicou ‘Poderosa Isaura’, novela baseada em fatos que chama de “realíssimos”.
‘Memórias do Batente’ sai pela Giostri Editora, de São Paulo. “Infelizmente, por uma questão de custos, tive que fazer mais um livro fora da Paraíba”, lamenta Rubens, chamando a atenção para o fato de que a carga tributária das editoras locais seria três vezes maior do que aquela suportada por empresas do ramo em outros estados. “Esse é um problema que me foi apresentado por um editor da capital e que vou levar a autoridades estaduais, pedindo uma solução urgente”, adiantou.
O novo livro de Rubens Nóbrega tem como prefaciador o jornalista Carmélio Reynaldo, professor de Jornalismo que lecionou o ofício por mais de 35 anos na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e foi ombudsman do Correio da Paraíba junto com o também professor Alarico Correia Neto. “São dois grandes amigos que me ajudaram a apreender jornalismo e se tornaram referências para mim e todos os colegas do meio, além de figurarem como protagonistas de episódios que conto no meu novo livro”, comentou.
