Nonato Guedes
O senador diplomado da Paraíba Efraim Filho declarou que seu partido, o União Brasil, tem peso relevante na futura composição da Casa e, por isso, defende que seja considerada a posição da bancada de dez parlamentares, a terceira maior, com perfil decisivo de fiel da balança, no processo de escolha da nova Mesa Diretora. A composição do Senado é de 81 integrantes, e além do atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD), que disputa a reeleição, deverá concorrer o senador eleito Rogério Marinho, do Rio Grande do Norte. “Até o momento ainda aguardo a nossa avaliação enquanto bancada para a decisão final”, expressou Efraim, em entrevista à revista “Nordeste”, dirigida pelo jornalista Walter Santos.
Efraim Filho definiu-se como um político equilibrado, que se caracteriza pelo diálogo – e disse que esta é a postura que pretende adotar no exercício do mandato conquistado nas urnas. Garantiu que a bandeira da Paraíba estará sempre em primeiro lugar. “O que for bom para a Paraíba terá o meu apoio, independente de política. Tenho perfil de centro-direita, valorizo o setor produtivo, o empreendedorismo, a geração de emprego, renda e oportunidade”, acrescentou. Ele deixou claro que não terá dificuldades de votar favoravelmente a matérias do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que sejam, reconhecidamente, de interesse público. Na campanha eleitoral, Efraim colocou-se como anti-Lula, mas não fez campanha ostensiva para o presidente Jair Bolsonaro.
O senador eleito, em outras declarações, tem enfatizado que só não aceita, em hipótese alguma, votar propostas que implicam no aumento de impostos. Pessoalmente, acredita que a carga tributária nacional é excessiva e adverte que o Estado não pode atrapalhar o desenvolvimento dos arranjos produtivos e do empreendedorismo. Efraim Filho, que rompeu com o esquema do governador João Azevêdo (PSB), ao sentir que não teria apoio para concorrer ao Senado, informou que estará pronto para dialogar com o chefe do Executivo, que foi reeleito, sobre as pautas de interesse da Paraíba. “Tenho noção suficiente para separar divergências políticas, e meu compromisso com o Estado será cumprido à risca”, acentuou ele.
