Nonato Guedes, com agências
O presidente Jair Bolsonaro está com sintomas de covid-19. De acordo com a CNN, Bolsonaro teve febre alta e foi ao Hospital das Forças Armadas ontem, onde fez exames, devendo o resultado sair ao meio dia desta terça-feira, 07. O presidente declarou ao repórter Leandro Magalhães, da CNN, que está tomando cloroquina, mesmo sem a confirmação de estar com a doença. E diante das suspeitas, resolveu cancelar todos os compromissos da semana. Mesmo após ter feito os exames e suspeitar que fora infectado pelo vírus, o presidente desceu do carro e tirou fotos com apoiadores que o aguardavam na entrada do Palácio da Alvorada.
Aos apoiadores, Bolsonaro relatou que tinha ido ao hospital fazer uma “chapa do pulmão”. Deu a entender que “está tudo bem”. No final de semana ele participou de dois eventos públicos: foi a Santa Catarina, onde sobrevoou locais afetados pelo ciclone bomba e se reuniu com lideranças políticas locais. Na volta a Brasília, almoçou com diversos ministros e o embaixador dos Estados Unidos no Brasil. Todos usavam máscaras, na ocasião. A nova suspeita de que Jair Bolsonaro tenha sido contagiado pelo coronavírus virou a notícia do momento nos noticiários internacionais em questão de minutos, ontem. Sites de meios estrangeiros importantes como a estadunidense CNN, a alemã Deutsche Welle e o argentino Clarín destacaram as especulações em torno da saúde do presidente brasileiro.
Na CNN,além de destacar que a suspeita de covid-19 surgiu após um exame de raio X do pulmão feito pela equipe do Planalto, o site trouxe um vídeo mostrando que a suspeita eclodiu no dia seguinte a um domingo onde o presidente “foi visto caminhando sem máscaras em contato direto com pessoas, abraçando, tirando fotos e apertando as mãos de apoiadores, além de causar grandes aglomerações com sua presença”. Já o site do canal alemão, junto com a notícia da suspeita, enfatizou o fato de que Bolsonaro é um dos mais reconhecidos negacionistas da pandemia, entre os líderes internacionais, e que vinha se recusando a usar máscaras apesar de uma ordem judicial nesse sentido, em um país que já acumula mais de 65 mil mortos pela doença, sendo o segundo mais afetado do mundo atualmente.