Os pré-candidatos ao governo da Paraíba, João Azevedo (PSB), José Maranhão (MDB) e Lucélio Cartaxo (PV) intensificam o assédio junto a prefeitos municipais de diferentes regiões a fim de assegurar apoio político e engajamento deles nas campanhas que irão empreender. A estimativa é de que os três postulantes ao Palácio da Redenção já tenham conquistado o apoio de mais de 40 administradores municipais. Maranhão tem como certas as adesões dos prefeitos José Aldemir Meirelles, de Cajazeiras, Melquíades Nascimento, de Mulungu, Doutor Verissinho, de Pombal, Zezé, de Santa Luzia, Umberto Jefferson, de São Mamede.
A maioria dos gestores, de acordo com levantamento divulgado pelo Correio da Paraíba, está fechada com o pré-candidato João Azevedo, que é apoiado pelo governador Ricardo Coutinho: ele contaria com 21 prefeitos, como os de Esperança, Caraúbas, Taperoá, Itabaiana, Uiraúna, Cabedelo, Boa Ventura, Belém, Princesa Isabel, Conde, Sousa e Cabaceiras. Lucélio Cartaxo, irmão gêmeo do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, contabiliza apoios de 16 prefeitos, entre os quais Romero Rodrigues, de Campina Grande, Zenóbio Toscano, de Guarabira, Dinaldinho Wanderley, de Patos, Magna Dantas, de Fagundes, e Bosco Fernandes, de Uiraúna. Lucélio jacta-se de ter respaldo dos prefeitos dos maiores colégios eleitorais do Estado, incluindo, além de João Pessoa e Campina Grande, o município de Santa Rita.
O apoio de prefeitos é considerado essencial para garantir o trabalho por votos nos municípios. Matéria também do Correio da Paraíba mostra que no Estado há pelo menos 80 mil ocupantes de cargos comissionados e contratados por excepcional interesse público pelas 223 prefeituras do Estado. E há quase 37 mil enquadrados como comissionados, estagiários, temporários, contratados emergencialmente, prestadores de serviços gerais, prestadores de serviços de apoio e professores prestadores de serviços. Na opinião de coordenadores de campanhas, os cabos eleitorais que seguem orientação de prefeitos constituem exércitos valiosos para a captação de votos na disputa acirrada que se prenuncia ao Palácio da Redenção. A partir de hoje, faltando exatamente três meses para as eleições de sete de outubro, os agentes públicos terão que cumprir uma série de restrições até o fim do pleito, de conformidade com o que estabelecem a legislação eleitoral e o calendário do TSE.
Se as determinações forem descumpridas, os agentes públicos podem ser penalizados com cassação dos mandatos, caso sejam candidatos e vencerem as eleições, e com inelegibilidade, tanto suas quanto dos postulantes beneficiados. Gestores e candidatos estão proibidos de comparecer a inaugurações de obras públicas, como também efetuar contratações para esses eventos de artistas pagos com recursos públicos. Também estão impedidos de nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens, ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, remover, transferir ou exonerar serviço público, salvo em determinadas situações como cargos comissionados. Os pronunciamentos na televisão fora do horário eleitoral neste período também ficam terminantemente proibidos.